Não é justo. Não me podes tratar assim. Usas e
abusas de mim e depois fartas-te. Nunca mais me ligas nenhuma. Afinal o que sou
eu para ti? Um mero objeto que pensas que te podes dar ao luxo de pôr de parte
quando já não queres. Só quando precisas de mim é que me dás atenção. E eu
nunca te digo que não. Estou sempre cá para ti. Ajudo-te a deitares cá para
fora tudo o que sentes. Ajudo-te a arrumar os pensamentos na tua cabecinha.
Ficas sempre mais leve depois de me usares e mesmo assim não aprendes. Depois
de algum tempo sem mim, voltas com toda essa sofreguidão de quem quer engolir o
mundo. Não pode ser. Eu exijo justiça! Das duas, uma! Ou de facto não gostas de
mim e fica o assunto resolvido, passas a ser apenas mais um humano. Ou admites
que gostas de mim de verdade e nunca mais me deixas sem razão aparente. Pelo
menos faz-me todos os dias um bocadinho de companhia! Nesta segunda hipótese,
tenho a certeza que serás mais feliz e que eu até te irei surpreender! Vá… Toca
a decidir! Olha que não volto atrás na minha palavra (como tu sabes muito bem!).
O que está escrito, escrito está! Ou eu não me chame Escrever!
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