quarta-feira, 23 de julho de 2014

escrever

Não é justo. Não me podes tratar assim. Usas e abusas de mim e depois fartas-te. Nunca mais me ligas nenhuma. Afinal o que sou eu para ti? Um mero objeto que pensas que te podes dar ao luxo de pôr de parte quando já não queres. Só quando precisas de mim é que me dás atenção. E eu nunca te digo que não. Estou sempre cá para ti. Ajudo-te a deitares cá para fora tudo o que sentes. Ajudo-te a arrumar os pensamentos na tua cabecinha. Ficas sempre mais leve depois de me usares e mesmo assim não aprendes. Depois de algum tempo sem mim, voltas com toda essa sofreguidão de quem quer engolir o mundo. Não pode ser. Eu exijo justiça! Das duas, uma! Ou de facto não gostas de mim e fica o assunto resolvido, passas a ser apenas mais um humano. Ou admites que gostas de mim de verdade e nunca mais me deixas sem razão aparente. Pelo menos faz-me todos os dias um bocadinho de companhia! Nesta segunda hipótese, tenho a certeza que serás mais feliz e que eu até te irei surpreender! Vá… Toca a decidir! Olha que não volto atrás na minha palavra (como tu sabes muito bem!). O que está escrito, escrito está! Ou eu não me chame Escrever!

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